Celebramos em 2025 os 46 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), serviço que oferece uma base sólida de cuidados de saúde acessíveis a todos. Apesar de ser reconhecido como um serviço plural e de qualidade, atravessa um momento com maiores fragilidades, que têm vindo a ser colmatadas, em parte, pelo serviço de saúde privado.

A relação entre o setor público e privado não é nova, mas tem vindo a ficar cada vez mais estreita, estando o setor privado a acompanhar as necessidades da população, colocando ao dispor serviços especializados de qualidade, de acesso mais rápido e fácil. A região do Tâmega e Sousa não é exceção e os grupos privados de saúde têm procurado instalar-se de forma a darem resposta a algumas necessidades. Mais oferta, mais qualidade de serviço especializado e mais rapidez no acesso.

Uma das instituições privadas de saúde é a CUF, nosso associado, que após a compra da Clínica Médica Arrifana de Sousa, tornou-se o maior investidor privado no setor da saúde a operar em Penafiel.

Para Gonçalo Marcelino, Administrador do Hospital CUF Arrifana de Sousa e das clínicas CUF Penafiel, CUF Marco de Canaveses, CUF Paredes e CUF Lousada, a chegada da CUF à região do Tâmega e Sousa “representa um passo fundamental no nosso compromisso de disponibilizar cuidados de saúde de excelência a mais portugueses. A presença da CUF significa, acima de tudo para a população da região, um reforço significativo na acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados, assegurados por equipas experientes que garantem um acompanhamento completo em todas as fases da vida. Acreditamos que uma rede de cuidados de saúde privada, com os padrões de qualidade e acessibilidade que caracterizam a CUF, desempenha um papel crucial na complementaridade ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). A CUF assume-se como parceiro do SNS, colaborando ativamente para prestar uma resposta eficaz e atempada às necessidades da população”.

Mas para esta instituição privada, a sua atuação vai além da prestação de cuidados de saúde. Para a CUF, a responsabilidade social na comunidade assume um papel prioritário procurando “contribuir ativamente para as comunidades nas quais nos inserimos, estreitando relações com as entidades locais e regionais e posicionando-nos como verdadeiros parceiros para o seu desenvolvimento”.

O mesmo defende o nosso associado Clínica Cuidar’t, sediada em Paredes, mas com forte implementação na comunidade de Penafiel, na prestação de serviços de saúde na área da fisioterapia, enfermagem materna e obstétrica, nutrição, estética avançada entre outras especialidades. Para Vera Moreira, é claro que o SNS é o serviço necessário a todos, mas é o setor privado que complementa e assegura de forma célere e assertiva os cuidados em tratamentos que na saúde pública chegam mais tarde.

“Focando-nos naquilo que é a nossa realidade aqui na Cuidar’t, sentimos que há serviços no SNS em que é extremamente difícil conseguir uma consulta. Os serviços de fisioterapia, fisioterapia pélvica, psicologia e nutrição existem no SNS, mas são de muito difícil acesso”, explicando que se posicionam como a solução para estes problemas.

Gonçalo Marcelino, acredita que “os setores público, privado e social se complementam e conseguem ganhos em saúde quando articulados entre si. Um exemplo desta complementaridade é a convenção do Hospital CUF Arrifana de Sousa com o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), criado pelo SNS para combater as listas de espera cirúrgicas. Este acordo permite aos utentes do SNS da região, com vale-cirurgia, serem operados de forma célere e num hospital de proximidade, contribuindo para a diminuição das listas de espera para cirurgia nos hospitais públicos. Ao abrigo deste programa o Hospital CUF Arrifana de Sousa tem vindo a dar resposta ao nível de seis especialidades: Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Vascular, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Urologia. Adicionalmente, as clínicas CUF dispõem, igualmente, de acordo com o SNS (P1) para a realização de análises clínicas – em parceria com a Unilabs -, exames de radiologia, cardiologia e para tratamentos de fisioterapia”.

Sem acordos diretos com o SNS, a Cuidar’t afirma-se como solução para um cuidado individualizado, focado no utente e na atuação precoce sobre a doença.
“O tempo de espera por uma consulta, mesmo com um encaminhamento, é imenso. Esta demora é, por vezes, bastante prejudicial, uma vez que a intervenção necessária para determinadas condições patológicas perde o seu timing ideal. Além desta dificuldade de acesso, o serviço prestado no SNS nem sempre consegue ser com a mesma qualidade do setor privado. O escasso investimento na formação contínua dos profissionais, a falta de aquisição de aparatologia mais inovadora e a limitação de tempo para o atendimento por utente (que muitas vezes impede um profissional de estar 1 hora inteira com um único paciente, de forma focada e disponível) comprometem a dedicação necessária para um tratamento verdadeiramente humanizado e eficaz. Uma intervenção precoce e com as melhores condições profissionais não só reduz significativamente o tempo de tratamento para o utente, como também previne que condições simples se tornem casos crónicos”, assume Vera Moreira, gerente do espaço.

O futuro no setor da saúde privada prevê-se em crescendo, estando previstas novas unidades privadas para abrir no concelho de Penafiel e região do Tâmega e Sousa, continuando o objetivo de complementar o Serviço Nacional de Saúde, que cada vez mais precisa desta parceria para estar mais próximo do utente.

No caso da CUF em Penafiel e na região a aposta continuará “na diferenciação dos cuidados de saúde e na ampliação da sua capacidade de resposta, sempre com o objetivo de prestar cada vez melhores cuidados de saúde à população. Exemplo disto é a abertura, em breve, do Atendimento Não Programado no Hospital CUF Arrifana de Sousa, um serviço que garante uma resposta atempada para um conjunto de situações de saúde inesperadas. Adicionalmente, continuaremos a investir na formação e talento humano, reforçando o projeto clínico, apoiado por equipamentos de diagnóstico e tratamento com a mais recente e avançada tecnologia, permitindo, cada vez mais, abordagens inovadoras. Pretendemos, ainda, continuar a ser um parceiro ativo e participativo nas comunidades onde nos inserimos, estreitando laços com as entidades locais e regionais”, assume Gonçalo Marcelino.

Já para a Cuidar’t, o caminho é de complementaridade, mas também de inovação e compromisso de implementação de novas especialidades que correspondam às necessidades do utente. “O nosso propósito é ser um verdadeiro refúgio de saúde e bem-estar, onde cada pessoa encontra os serviços necessários para se sentir apoiada e capacitada a viver a sua vida de forma física e emocionalmente saudável”.

A saúde será sempre uma das prioridades do setor público e privado, sendo certo que importa ter a capacidade de integrar de forma ativa e colaborativa todos os parceiros desde o setor público, social e cooperativo, estando na base desta união os Municípios que conhecem a realidade das suas comunidades e as suas necessidades.