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A Qualidade da Formação Profissional Continua a ser Determinante Quando se Contratam Jovens
O Ensino Profissional é cada vez mais valorizado pelos empregadores e pelos jovens, em particular por jovens que procuram cursos em áreas ligadas à tecnologia e digitalização, é o que refere a quarta edição do Estado da Nação, Educação, Emprego e Competências em Portugal da Fundação José Neves. E o certo é que os cursos do sistema de aprendizagem têm tido maior procura na Formação da Associação Empresarial de Penafiel (AEP) nos últimos anos.
As áreas de maior procura para o mercado de trabalho local têm acompanhado a tendência nacional, sendo os cursos técnicos de informática, saúde, multimédia e sociais os cursos mais pretendidos.
Os cursos profissionais são uma opção valiosa para aqueles que desejam desenvolver competências práticas para entrarem no mercado de trabalho. Formação mais acessível e prática, oportunidades de estágio, oportunidades de carreira, são algumas das mais valias deste tipo de formação. E na Formação AEP a ligação com as empresas tem sido uma das mais valias para os jovens e para o mercado de trabalho que os tem absorvido não só para os estágios curriculares, que acompanham o tempo do curso, mas também para contratação, uma vez que coloca os proponentes a emprego mais preparados para entrarem no mercado de trabalho, e permite que, logo à partida, os empresários já conheçam o potencial dos mesmos.
Há, ainda, a ressalvar um crescente número de jovens que após completarem o curso profissional, seguem a sua formação no Ensino Superior.
Para Agostinho Guedes, da empresa Pencreative, receber os jovens formandos da AEP tem sido “sempre positivo. Sabemos que estes jovens chegam com outra formação, mais prática, e apesar de termos de os orientar nas tarefas, já não precisamos de perder tempo a ensinar, uma vez que já chegam com as noções básicas dos programas informáticos, da forma como devem executar o serviço”, começa por dizer.
Ao longo do curso e do tempo de estágio, o sócio da empresa, garante que a evolução é significativa. “Com o passar do tempo percebemos que estamos a formar um profissional, e todos os jovens que pretendam seguir a área de formação, estão aptos para iniciarem a sua vida profissional”.
O único ponto que Agostinho Guedes refere como menos positivo não tem que ver com a formação, mas com a postura dos jovens atualmente. “Não sendo genérico, há muitos jovens que ainda não estão preparados psicologicamente para iniciarem a vida ativa, uma vez que estão muito ligados ao telemóvel e não entendem que no local de trabalho há regras e o uso de telemóvel não pode ser constante. Isto demonstra alguma imaturidade, mas que não advém da formação, mas da forma como a sociedade está dependente de estímulos tecnológicos”.
Outra das áreas fortes na Formação da AEP é a área da Saúde e da Ação Educativa.
Ao longo dos anos têm vindo a ser formados jovens nesta área, absorvidos por empresas e instituições que prestam serviços a auxílio a seniores e crianças.
É o caso da empresa “O Traquinas”, uma creche privada em Penafiel, que recebe formandos do curso de Ação Educativa, preparados para auxiliarem as educadoras na instituição.
Para as gerentes, Elisabete e Patrícia Lopes, “a Formação Profissional desenvolvida pela AEP distingue-se pela qualidade, pela organização cuidada e pela forma como prepara os jovens para iniciarem o seu percurso no mundo do trabalho. É evidente o cuidado em manter os conteúdos atuais e alinhados com as boas práticas educativas, o que faz com que os estagiários cheguem até nós com algumas bases teóricas e uma atitude positiva para aprenderem mais em contexto real”, começam por admitir sobre o tipo de formação prestada pela Formação da AEP.
Ambas as gestoras, acreditam que “a formação organizada pela AEP, complementada com a experiência prática que proporcionamos, é essencial para preparar jovens responsáveis, conscientes e capazes de responder com qualidade às exigências do setor da Ação Educativa. Ao longo do estágio, acompanhamos de perto a evolução de cada estagiário, não apenas no domínio técnico, mas também no desenvolvimento de competências relacionais, éticas e emocionais. Observamos como ganham segurança na gestão de situações do quotidiano, aperfeiçoam a comunicação com colegas, crianças e famílias e adotam uma postura de respeito, empatia e cuidado em tudo o que fazem”.
Considerando que a formação acompanha o crescimento profissional dos formandos, as empresárias não têm dúvidas em contratarem bons formandos da AEP.
“Sempre que surge uma oportunidade de integração na nossa equipa, os estagiários que realizaram o seu percurso connosco são naturalmente considerados como candidatos preferenciais. O facto de já conhecerem a nossa forma de trabalhar, a equipa e as exigências reais da função, facilita a sua adaptação e garante a continuidade da qualidade do serviço prestado”, concluem.
A Santa Casa da Misericórdia de Penafiel é outra das instituições que recebe formandos na área da Ação Educativa, nomeadamente, nos espaços dedicados à infância, como é o caso das creches.
Para a responsável dos estágios na instituição, Alexandra Borges, o crescimento dos formandos ao longo da formação e estágio é evidente. “No decorrer da prática dos estágios, verifica-se nos formandos, o desenvolvimento de mais competências e o aprofundamento dos conhecimentos teórico-práticos”, começa por afirmar, dizendo, ainda, que esta formação mais prática permite aos jovens desenvolverem várias competências, nomeadamente, as sociais que vão fazer deles profissionais mais “autónomos e responsáveis”.
A mesma opinião tem Cristina Malheiro, responsável pela instituição APADIMP que tem uma relação com a Formação da AEP desde 1996.
Nesta casa (APADIMP), os formandos chegam do curso Auxiliar de Saúde, área que muito dignifica a AEP. Os mesmos acabam por ser absorvidos pelo mercado de trabalho não só no concelho de Penafiel, mas também em outros concelhos limítrofes.
Para a responsável, esta parceria tem-se “revelado de elevada importância, uma vez que esta colaboração mútua fortalece a qualidade da formação, garantindo que os estagiários tenham contato com este contexto da deficiência / doença mental e suas rotinas diárias. Além disso, garantem a articulação com conteúdos e práticas atualizadas e alinhadas às necessidades do mercado de trabalho”.
Esta parceria mostra-se fundamental para o desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional do formando, considerando a responsável, que ajuda a “valorizar a imagem dos auxiliares de saúde na sociedade assim como a sua integração profissional na sociedade”.
Na hora de contratar, esta instituição não tem dúvidas e já integrou nos seus quadros jovens que se tornaram profissionais essenciais no Lar Residencial e no CACI – Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão.
Na mesma área de curso, Auxiliar de Saúde, outras entidades locais têm recebido os jovens formandos da AEP, é o caso do, agora, Grupo CUF, que acolhe estagiários não só em Penafiel, mas também em Lousada.
Para Liliana Fonseca, responsável pelos Recursos Humanos, acolher estes jovens tem sido uma mais-valia para a empresa pois conseguem não só apoiar na formação dos mesmos, como usufruir do contributo dos jovens nas clínicas.
“Os formandos da AEP são claramente bem preparados com as competências necessárias para o mercado de trabalho. E é por isso que quando há oportunidade, são sempre a nossa prioridade, até pela ligação com que ficamos aos formandos. O Estágio acaba por ser um momento catalisador de talento”, explica.
Para a equipa da área da Formação da AEP receber cerca de uma centena de jovens por ano e apoiá-los na sua formação é um sentido de vida, um caminho profissional dedicado e que, apesar das dificuldades diárias, têm-se mostrado resultados positivos, tornando a Associação Empresarial de Penafiel uma referência na formação no concelho e na região.
Neste momento de decisão para jovens e famílias, a escolha por cursos profissionais é uma boa aposta pois irá prepará-los de forma a terem uma mais fácil e qualificada inserção no mercado de trabalho, permitindo a quem desejar, continuar os estudos após o nível secundário, ingressando no ensino superior.
A variedade de cursos é grande e nas mais diversas áreas de educação e formação, o que pode tornar a escolha dos jovens mais orientada para os seus objetivos pessoais.