Input do Colunável

Gonçalo Rocha, Presidente do Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa

Apostar nas empresas é apostar no futuro

Em momentos de incerteza, como os que hoje atravessamos, apoiar e alavancar as nossas empresas e negócios, face a este atual contexto pandémico, mais do que uma opção ou uma contingência é um verdadeiro desígnio. Temos um território marcadamente industrial, exportador e capaz de integrar as melhores técnicas e as inovações mais recentes na sua oferta de valor. Um dinamismo assente num saber-fazer de excelência, numa cultura empreendedora e numa aposta na investigação, inovação e internacionalização, liderado pela indústria.

É determinante que o pós-COVID-19 seja aproveitado para transformar o modelo económico atual, aperfeiçoando a especialização e inovação produtiva, e ter como estratégias prioritárias para o futuro do Tâmega e Sousa a conceção e implementação de uma agenda de inovação e competitividade, de qualificação de pessoas e organizações e para a coesão social, de valorização das mais-valias ambientais e para a abordagem à emergência climática, de trabalhar na atração de investimento para o território, através da criação de centros de valorização e transferência de competências nas áreas de relevância económica e focar no reforço do papel da CIM do Tâmega e Sousa na coordenação e governança intermunicipal.

No que concerne à sub-região do Tâmega e Sousa, os investimentos mais significativos são aqueles que tiveram como foco a revitalização e reabilitação urbana, através dos Planos de Ação de Reabilitação Urbana (PARU) e dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU), no caso de Penafiel, que capitalizaram para a região mais de 49,4 milhões de euros, a promoção da mobilidade urbana sustentável, através dos Planos Ação Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS), que capitalizaram para a região mais de 9,2 milhões de euros, bem como as prioridades de investimento estratégico identificadas no Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da CIM do Tâmega e Sousa (PDCT), que dispõe de uma dotação de aproximadamente 79,3 milhões de euros.

Parte dos investimentos inseridos no PDCT estão relacionados com a requalificação de infraestruturas de ensino e sociais, o apoio às micro e pequenas empresas, a promoção de uma inclusão ativa, designadamente através da iniciativa “Cultura para Todos”, a promoção do sucesso escolar e redução e prevenção do abandono escolar precoce, a eficiência energética nas infraestruturas públicas e as TIC na administração local.

De referir que, no global do investimento público cofinanciado por fundos comunitários, o Tâmega e Sousa totaliza, atualmente, um investimento superior a 237 milhões de euros, dos quais mais de 161 milhões de euros correspondem a fundos comunitários. A região alavancou ainda mais de 225 milhões de euros em investimento privado, também ele através de fundos comunitários, num total de mais de 99 milhões de fundos. No total, a região captou mais de 260 milhões de euros de fundos comunitários que traduzem num investimento público e privado que ascende a mais de 463 milhões de euros.